Novo vídeo do WWP lança série sobre ações de inclusão produtiva bem sucedidas no Brasil e inaugura canal da iniciativa no YouTube

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No Brasil, empreendedores informais não são exceção: apenas 4 de cada 10 pessoas da População Economicamente Ativa têm carteira assinada. Programa Vida Melhor busca enfrentar vulnerabilidades

Brasília, 21 de junho de 2016 – Uma cabelereira sem instrumentos para fazer penteados nas clientes. Uma vendedora de cachorro-quente sem carrinho. E ambulantes que não sabem nem mesmo se lucram com as vendas. Essas são algumas das dificuldades e vulnerabilidades de pequenos empreendedores da economia informal em todo o país. No Estado da Bahia, o problema tem sido enfrentado pelo Programa de Inclusão Socioprodutiva Vida Melhor, cujos resultados são mostrados em novo vídeo produzido pela Iniciativa Brasileira de Aprendizagem por um Mundo sem Pobreza (World without Poverty, WWP). Veja o vídeo ao final da matéria.

O material é o primeiro de uma série de Estudos de caso do WWP voltados a dar visibilidade a boas práticas de inclusão produtiva no Brasil.

Lançado pelo Governo da Bahia em 2011, o programa Vida Melhor busca incorporar pessoas em situação de pobreza à produção de bens e serviços. Com foco nos pequenos negócios mantidos por famílias de baixa renda do Cadastro Único, ele capacita e dá acesso a direitos para empreendedores de setores populares, como artesanato, alimentação, serviços e reciclagem de resíduos sólidos.

Trata-se de uma iniciativa relevante no Brasil – onde somente 40% da população economicamente ativa é absorvida pelo mercado de trabalho formal – e especialmente importante na Bahia, onde este número não chega a 30%.

Os agentes do programa residem na própria comunidade dos empreendedores e realizam visitas semanais para obter um estudo de viabilidade econômica do negócio, etapa essencial num ambiente de baixa escolaridade em que as atividades econômicas são normalmente realizadas em casa e misturadas às despesas de toda a família.

Depois, é aberta a possibilidade de acesso ao microcrédito e à transferência de equipamentos e insumos produtivos.

“Receber um equipamento é importante, mas vai além disso. Antes do programa, eles vendiam um geladinho, cafezinho, mas não sabiam quanto gastavam, se estavam ganhando ou se estavam perdendo com isso”, diz Aline Santos, agente de desenvolvimento do Vida Melhor.

Na busca por promover o pequeno empreendedor a uma ocupação digna e sustentável, o programa atua numa faixa raramente contemplada em iniciativas de inclusão produtiva.

“A ideia é reforçar as relações de autonomia para ampliar o horizonte de percepção deste trabalhador da economia popular urbana sobre as condições necessárias para que a atividade que ele realiza tenha uma mudança de qualidade, e que ele possa vir a tomar decisões com segurança e conhecimento de causa”, afirma Gabriel Kraychette, professor da Universidade Católica de Salvador.

O vídeo do Programa Vida Melhor é o primeiro lançamento da série de Estudos de caso do WWP que serão publicados acompanhados de relatórios sintéticos. Em conjunto, os dois materiais permitem visualizar os sucessos, as dificuldades e os pontos a serem melhorados de programas espalhados pelo país.

O próximo na série revela o funcionamento do Programa de Fomento no Território Sertão do São Francisco, também na Bahia. O lançamento deste produto será celebrado com uma edição extra e especial da nossa Newsletter, prevista para o mês de agosto, contendo exclusivamente informações sobre práticas de inclusão produtiva.

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WWP no YouTube
O vídeo sobre o Vida Melhor marca ainda o lançamento do canal do WWP no YouTube, que traz materiais informativos e dinâmicos sobre programas e políticas sociais no Brasil e no mundo.

Toda a produção audiovisual disponível hoje no site do WWP está incorporada ao novo espaço, com conteúdo organizado por idioma: inglês, português, espanhol e, logo, francês.

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Marco Prates, WWP