Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, México e Uruguai compartilharam experiências no desenvolvimento dos indicadores

Brasília, 14 de setembro de 2015 – Representantes do governo e de institutos de pesquisa de Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, México e Uruguai se reuniram em Brasília, na Oficina Técnica sobre Pobreza Multidimensional promovida pelo WWP (leia mais aqui e aqui), para apresentar as experiências nacionais de desenvolvimento e implementação de indicadores de pobreza multidimensional.
Essa nova forma de se caracterizar a pobreza está sendo adotada, de maneira geral, pelos países latino-americanos, a partir de metodologias que combinam a pobreza monetária e a vulnerabilidade social.
“Queremos que haja um conjunto mínimo de elementos associados aos direitos sociais, que devem ser satisfeitos de maneira universal e progressiva. Esta é a medição de pobreza multidimensional”, explicou Ricardo Aparicio, diretor-geral adjunto de Análise da Pobreza do Conselho Nacional de Avaliação da Política de Desenvolvimento Social do México.
Imanol Camblor

Imanol Camblor

Dados oficiais apresentados pelo Chile mostraram um aumento de seis pontos percentuais no número de pobres do país, quando se levava em conta o cálculo multidimensional.
“Esta medida de pobreza nos permitiu identificar carências em distintas dimensões. Ela abriu uma porta para uma caracterização mais complexa do que é a pobreza no Chile”, avaliou Isabel Millán, chefe da Divisão do Observatório Nacional do Ministério de Desenvolvimento Social do Chile.
Leia mais: 
Políticas públicas
Os representantes da Costa Rica e do Uruguai defenderam a importância de se utilizar  indicadores como instrumentos de avaliação das políticas sociais.
“Nosso objetivo é construir um indicador de pobreza multidimensional que permita identificar o impacto da política social, melhorar o seu desenho e funcionar como um mecanismo de prestação de contas por parte dos executores da política social no país”, disse Mariela Madrigal, da equipe técnica do Instituto Nacional de Estatística e Censos da Costa Rica.
Essa estratégia também é defendida pelo Brasil. Segundo o secretário nacional de Avaliação e Gestão da Informação do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome do Brasil (MDS), Paulo Jannuzzi, os indicadores devem captar os efeitos das políticas públicas (leia a entrevista com o secretário nacional aqui).
“O tema é complexo, não só do ponto de vista conceitual, metodológico e de legitimação, mas também pela sua dificuldade prática. Ele vai além do aspecto técnico por dialogar com políticas sociais”, destacou Jannuzzi.
Acesse as apresentações:
Marianna Rios, WWP